(Japonês) Quando li no jornal Rafu Shimpou que ia ter Bon Odori na Igreja Budista de Long Beach, saí correndo pra lá. Mas quando cheguei lá o que eu vi foram: uma torre (yagurá), o tambor (taiko) e um senhor, de segunda ou terceira geração, acho que era de segunda geração. Ele estava sentado na cadeira. Agarrava o tambor assim e estava tocando dessa forma. Eu perguntei: “Posso tocar?” E ele respondeu que “Não”. E eu insisti tantas vezes, mas tantas vezes, e também acho que ele estava cansado, porque disse: “Então toca.”. Movi tudo que encontrei por aí perto como o auto-falante e a cadeira, e comecei a tocar. E o tambor do Bon Odori serve para dar ritmo àquelas pessoas que estão dançando, não é mesmo? Mas quando eu vi lá embaixo, essas pessoas que estavam dançando estavam paradas e olhando para cima. E eu pensei: “Será que eu estou errado?”; “Será que eu estou fora do ritmo?” Mas como eu estava ouvindo a música, estava no ritmo, e vi que todos olhavam pro céu, eu também olhei pro céu e continuei, mas estive pensando o que aconteceu, porque eu não vi nada estranho. E quando terminou, de repente, ouvi aquele aplauso! Finalmente, entendi que eles nunca tinham ouvido o tambor sendo tocado daquela forma. Porque eu o toquei, estilo Tokio, e eles se assustaram um pouquinho. Eu acho que foi isso.
Data: 1 de abril de 2005
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Interviewer: Ann Kaneko
Contributed by: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum.