(Inglês) Eu não vim para cá com a intenção de encontrar minhas raízes ou algo do gênero. Eu acho que isso tem a ver com o que eu estava dizendo sobre os nipo-americanos serem ensinados a não agirem como japoneses. Na verdade, quando eu estava em Los Angeles com os outros nipo-americanos à minha volta – meu primo e os amigos dele – eles eram bem anti-japoneses, anti-japoneses nativos [aqueles nascidos no Japão]. Os japoneses não eram vistos de maneira positiva. Eles eram uns bobalhões com máquinas fotográficas que ficavam perambulando pela Disneylândia em grupos. A gente corria deles, gritava com eles, e gozava da cara deles. Eu acho que aprendi que aquilo não era legal. Aprendi mesmo.
Quando eu vim para cá foi porque o meu tio ... Eu estava fazendo algumas traduções – na verdade, não eram traduções; eu estava editando discursos para um professor na UCLA, um professor convidado. Ele era um membro da Escow [?], e eu estava ajudando ele, editando seus discursos e dissertações – corrigindo seu inglês e esse tipo de coisa. Eu tinha chegado a um ponto ... Eu sou designer. Eu faço direção de arte e direção criativa. E como você sabe, Los Angeles pode ser uma cidade ótima e pode ser uma cidade bem cansativa. Eu estava morando lá já fazia 7 anos e já estava meio de saco cheio daquele ramo.
Eu estava com 28 anos naquela época, e eu queria realmente viajar. Eu tinha viajado quando era mais jovem, logo depois de acabar a escola ou por aí. Mas eu queria realmente viajar – passar um tempo em um outro lugar. Eu não via o Japão como meu destino final naquela época. Eu via o país como um ponto de partida: “Ok, aqui está minha chance de visitar um outro país”. O Japão, como eu descobri mais tarde, é um país com uma posição centralizada no mundo. Você pode ir onde quiser mais ou menos pelo mesmo custo e levando o mesmo tempo. Foi por essas razões, mais do que quaisquer outras, que eu vim para cá.
Data: 12 de setembro de 2003
Localização Geográfica: Tóquio, Japão
Interviewer: Art Nomura
Contributed by: Art Nomura, Finding Home.